Quem melhor para falar sobre os desafios de ingressar no mercado de TI do que os próprios jovens? Com uma mesa-redonda formada exclusivamente por estudantes, a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) realizará evento no próximo dia 28 para discutir as principais motivações e desmotivações para a entrada no setor. Anna Gabriela Carvalho, de 23 anos, aluna do 6º período do curso de Ciência da Computação da CESAR School, será uma das participantes.
O encontro terá a presença de estudantes de diferentes instituições pelo país e vai prezar pela diversidade, um fator que ainda se mostra como obstáculo na área. “O mercado ainda é muito desigual, principalmente em relação a gênero. Mas, felizmente, há várias iniciativas e comunidades com foco em aumentar o número de mulheres na tecnologia”, diz Anna Gabriela, que é uma das líderes no Recife da organização internacional Women Who Code, que busca fomentar a participação feminina no setor. “É preciso dar o apoio e suporte necessário e mostrar que tem espaço para todo mundo”, conclui.
O interesse de Anna Gabriela por tecnologia começou cedo. “Desde criança, sempre gostei de descobrir as coisas, consertar, descobrir como funcionava. Sem notar, fui virando referência em minha casa nessas coisas. Quando descobri no colégio que existia uma área para isso, não tive dúvida”, diz, citando um exemplo da feira de ciências em sua escola. “Na minha época, nunca vi uma mulher apresentando trabalho sobre Ciência ou Engenharia da Computação. No ano passado, fui convidada pela minha escola para falar um pouco sobre a área, foi muito especial.”
Joyce Teixeira, coordenadora da graduação em Ciência da Computação da CESAR School, enaltece eventos do tipo, onde os jovens têm voz e vez. “O mundo mudou, e a evolução das pessoas e tecnologias obteve uma crescente fatorial. O mercado de trabalho precisa se atualizar, e nada mais adequado que os jovens, que estão ou irão assumir cargos nesses ambientes, tenham voz e compartilhem suas dores e visões”, afirma.
Apesar dos percalços, o mercado de tecnologia tem muitos atrativos. “O salário é mais valorizado que em outras áreas, há uma ampla opção de segmentos de subáreas a seguir, existem cursos profissionalizantes e tecnólogos que preparam o profissional em um tempo mais reduzido. O mercado está sempre aquecido, pois as tecnologias se atualizam, mudam e são criadas a todo momento”, lista Joyce.
DIVERSIDADE NO CESAR
O CESAR atua na inserção das minorias de modo geral, dedicando um time para pensar e promover ações voltadas a esse propósito, com o Comitê de Inclusão e Diversidade. “A diversidade e a inclusão no mercado de trabalho, principalmente em um mercado aquecido como TIC, é importantíssima. O crescimento econômico sustentável depende dessa participação e desse envolvimento. Falando na questão de gênero, o setor de TIC é um dos que melhores pagam às mulheres, ajudando na geração de renda e emancipação econômica”, conclui Joyce.