Analista de Sistemas na Everis, consultoria que desenvolve soluções de negócio, tecnologia da informação e outsourcing para diversos setores, Fernando Espíndola acaba de se tornar mestre em Engenharia de Software pela CESAR School. A dissertação defendida no último dia de março, “Uso de OKR em uma equipe de desenvolvimento de software: Pesquisa-ação numa empresa ligada à área de mobilidade na grande São Paulo”, veio de um tema sugerido pelo orientador, o professor Felipe Furtado, e casou perfeitamente com o que Fernando já desenvolvia em sua então atividade profissional.
O que era um “insight” deu muito certo. Ex-colaborador do CESAR, Fernando conta que por já conhecer a qualidade do ensino, tinha muita vontade de fazer o programa – uniu, então, a experiência do dia a dia do mercado.
“Eu já havia trabalhado com a área de gerenciamento de TI, no TCC da minha graduação em Ciências da Computação na Unicap (Universidade Católica de Pernambuco). Tinha vontade de continuar um trabalho na mesma área, quando o professor Felipe Furtado sugeriu o tema, casou perfeitamente com o que eu já estava aplicando na minha squad, na época trabalhava na Altran”, diz, se referindo à empresa onde trabalhava na ocasião.
No decorrer da pesquisa, Fernando observava que a aplicação da metodologia OKR iam seguindo como previsto e a proposta inicial foi seguida até o fim. “Determinei algumas variáveis na minha pesquisa como, porcentagem de conclusão das atividades em uma sprint, o cumprimento dos resultados-chave e quantidade de dias por produto desenvolvido, por exemplo. No final da minha observação, tivemos um aumento na porcentagem de conclusão, uma quantidade menor de resultados chaves não alcançados e desenvolvimento de um produto em menos dias”, detalha.
A pesquisa de Fernando mostrou que qualquer empresa, independentemente de setor e área, pode aplicar a metodologia OKR. “Esta metodologia surgiu no setor de TI, mas pode ser aplicada em qualquer outro. Há uma demanda crescente na área de finanças, setor de serviços, e manufatura segundo pesquisa da anual de 2019 da ‘There be Giants’”.
No entanto, ele pondera, que há poucas experiências de aplicação da metodologia em equipes de desenvolvimento de software documentado. “Esta é uma grande oportunidade para que gestores possam absorver as lições aprendidas e saber o que esperar nos primeiros ciclos. Seria interessante a continuação desta pesquisa de modo a avaliar o desempenho a médio e longo prazo em equipes de desenvolvimento de ‘software’. Além disso, a construção do OKR estratégico ao operacional de modo a avaliar como o cumprimento do OKR operacional afeta os OKRs táticos e estratégicos”.