Artigo de autoria de Vladimir Barros de Souza, professor da CESAR School e designer digital sênior no CESAR
Muito se tem falado em metaverso, mas, do que se trata? O termo Metaverso apareceu ainda na década de 1980 a partir da literatura cyberpunk, no livro Snow Crash, e se refere a possibilidade de acessar uma “realidade” paralela, algo ficcional, em que a pessoa experimenta uma sensação de outra vida no mundo virtual.
Assim, o metaverso nada mais é que um ambiente virtual coletivo onde você pode recriar as experiências do mundo físico, através de uma representação virtual: o avatar. Com ele as vivências podem ser extrapoladas, uma vez que nesse ambiente, as limitações físicas deixam de existir, trazendo assim, imensas possibilidades de imersão. Ele mudará, culturalmente, diversos setores sociais, e isso vai se espelhar no comportamento das experiências humanas. Como não haverá limites físicos para se viver no metaverso, poderemos pensar nas mais inusitadas situações para aprender e ensinar.
Muitas empresas vêm criando seus ambientes, mas todos fazem parte desse novo universo. Acredito que no futuro, esses espaços possam se interconectar, assim como fazemos no mundo atual quando, por exemplo, pedimos comida num app e temos, atrelados a eles, nossos dados para pagamento que são autorizados por outras empresas. Essas grandes corporações vêm experimentando de forma muito gradual, pois ainda estamos nos acostumando com os termos e com as experiências através dos equipamentos. Já começamos a ter muitas vivências de metaverso nos jogos digitais, pois eles têm uma ligação muito forte com o conceito.
Vemos diversas comunidades em muitos ambientes gamificados: grupos em partidas de League of Legends, Overwatch, GTA, todos com seus avatares personalizados, onde você pode comprar e testar da melhor forma. Por isso, para o público infanto-juvenil, que já nasceu ativo digitalmente, será algo muito mais natural e praticável.
Contudo, seu uso ainda precisa passar por experimentos densos com relação ao comportamento do usuário, já que vai mexer bastante com os modos de consumo atuais. Teremos novos mundos dentro do metaverso, com diferentes comunicações, transações e estilos de vida, e isso faz com que os criadores digitais passem a pensar muito mais no quanto seus conteúdos podem impactar esse novo mercado.