O “caldeirão de possibilidades” dentro do design

Explicar o design aos não-designers pode não parecer tarefa das mais simples, haja vista a amplitude de áreas, conceitos e ferramentas. “Mas apesar do nome ‘inglesado’, que deixa meio distante, o design é muito receptivo”, destaca Janaína Branco, coordenadora de Sucesso do Cliente e professora da graduação na CESAR School. Ela e Verônica Bersani, business manager no CESAR, foram as convidadas do Café da Manhã da Manguez.al, comunidade empreendedora recifense, realizado na última quinta-feira. “Sejam curiosos em relação a design”, continuou Janaína. De fato, o assunto aguça a mente. Pelo menos do jornalista que vos escreve, que correu para buscar no Google “design thinking” e “design driven” para se aprofundar mais após o encontro.

Com a missão de “evangelizar e levar a palavra do design”, Janaína desmistificou a ideia de que o designer se resume a ser o “fazedor de coisas”. É também, a professora frisou, mas desde o final dos anos 2000, com a disseminação do design thinking, o conceito se expandiu. O designer também modela serviços e processos, foca nas necessidades, desejos e limitações dos usuários, usa o ofício para tomar decisões. Organiza materiais e processos da forma mais produtiva e em equilíbrio com todos os elementos necessários para certa função.

“O designer é uma pessoa curiosa e observadora, atenta ao que acontece no mundo. Até porque um insight pode trazer algo muito valioso”, disse Janaína, destacando a universalidade do ramo. “As ferramentas são universais, diferente do Direito, por exemplo, no qual as leis são diferentes em cada país. Daqui, eu trabalho no Canadá. Estamos em uma grande rede.”

Outro ponto abordado foi a mudança do pensamento individualista para o coletivo ao longo da história do design.  “A ideia de focar em um usuário já foi quebrada. O design é focado no stakeholder. Quando penso no design, não penso em mim. Vou ter uma assinatura, claro, um pouco da minha essência, mas é preciso pensar nos outros”, diz Janaína. É uma área também multidisciplinar, onde atua ao lado de programadores, desenvolvedores, entre outros profissionais.

“No meu dia a dia, eu tento trazer o design como parte para tomar decisão”, afirma a professora. “Busquem livros, podcasts sobre o assunto. O CESAR também tem muitos cursos na área, desde os mais generalistas, como o T2i, aos mais especializados, como o DIPAD. O design nasceu pra ser fácil”, conclui.

POSSIBILIDADES
Verônica Bersani, business manager no CESAR, também chamou a atenção para o “caldeirão de possibilidades” dentro do design. “Comece a arriscar, a fazer o design dentro de sua casa. Se tem um problema financeiro, faça um canva. Não adianta teoria se não sabe usar, comece a criar sua própria metodologia”, instruiu.

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