O ecossistema brasileiro de startups cresce a todo vapor, prova disso é o número de startups existentes no Brasil. Na base da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), uma entidade sem fins lucrativos que promove o ecossistema brasileiro de startups desde 2011, existem mais de 4.200 empresas cadastradas. Segundo os dados da associação, São Paulo lidera a lista de Estados com maior número de empreendimentos. No total são 1.320 startups. Minas Gerais aparece em segundo lugar, com 365 e Rio de Janeiro com 343. Pernambuco está na sétima posição, com 114 empresas cadastradas.
Mas não é somente o número de startups que cresce. Programas de apoio ao empreendedorismo inovador e startups também vêm surgindo de maneira expressiva nos últimos anos. De maneira geral, esses programas podem ser classificados em dois grupos: público e privado. Nos programas públicos é o governo (federal, estadual ou municipal) que aporta os recursos para a viabilização do programa. Dentre as iniciativas existentes, pode-se destacar: Inovativa Brasil (do MDIC), Startup Brasil (MCTIC) e Sinapse da Inovação (FAPESC, FAPEAM, FAPES).
Nos programas privados, as empresas é que concebem e operam, sozinhas ou por meio de parcerias, o processo de identificação, seleção e desenvolvimento das startups, como é o caso do Corporate Partners, desenvolvido pelo CESAR. Segundo Deborah Vieitas, CEO da Amcham Brasil, promover a inovação é o único caminho para consolidar um setor privado nacional cada vez mais competitivo, resiliente e com abertura internacional. “As startups são hoje a fonte principal no desenvolvimento de novos produtos e serviços, e o papel da Amcham Brasil é conectar essas inovações com as grandes corporações e também investidores.
Mas apesar de crescente, nem todos os programas de incentivo atendem as necessidades reais do ecossistema. Quem afirma isso é Para Luiz Gomes, um dos community leaders do Mangue.zal. “Os programas estão aprendendo sobre o contexto de startups e, muitas vezes, erram na aproximação por olharem esse contexto com a cabeça dos negócios de tecnologia do início dos anos 2000”, afirma. Apesar disso, ainda segundo Luiz, alguns programas se destacam pelo “impacto positivo tanto no negócio quanto nas comunidades locais, como é o caso do SEED-MG, CUBO/Google Campus-SP, ACATE-SC e ACE-SP”.
Inovação – O Brasil vem implantando ações para aprimorar os ecossistemas de inovação nas diferentes regiões. Para verificar o grau de consistência desse ecossistema é preciso avaliar suas distintas dimensões, entre elas: talentos (existência de empreendedores), ICTI (laboratórios e pesquisadores para geração de novas ideias e tecnologias), capital (disponibilidade de recursos econômicos e financeiros para geração e desenvolvimento de inovações), ambientes de inovação (incubadoras, aceleradoras, parques tecnológicos), clusters de inovação (existência de aglomerações produtivas fundamentadas na inovação), políticas públicas (programas, projetos e legislação para estímulo à inovação) e governança (formalização e interação entre os atores do ecossistema). “O caso de Recife é um bom exemplo da estruturação de um ecossistema de inovação que vem promovendo um desenvolvimento sustentável na região, gerando tecnologia, trabalho e renda”, afirma Carlos Eduardo Negrão Bizzotto, coordenador de projetos da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores – Anprotec.
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