ONGs são objeto de estudo de projetos para alinhar inovação a demandas sociais

Alinhar projetos de tecnologia e inovação com demandas sociais faz parte da metodologia de ensino na CESAR School. Dentro da proposta, os quase 50 alunos do 2º período de Design e Ciência da Computação desenvolveram trabalhos em parceria com organizações não-governamentais pernambucanas na disciplina Projetos 2. Os estudantes atuaram com as ONGs Gestos, Sunflower e Sempre Viva e também com pesquisa sobre o déficit de voluntários para o 3º setor e solução para o problema.

“São projetos que buscam trazer benefícios para a sociedade em geral”, afirma o professor e orientador da disciplina, Nilson Soares, enaltecendo a qualidade dos trabalhos. Eduarda Vasconcelos (monitora/tutora da disciplina), Luiz Araújo (avaliador de Design dos times) e Joyce Teixeira (avaliadora de Ciência da Computação) completam a equipe de docentes à frente dos projetos.

Fundada em 1993, a Gestos tem construído uma longa história com ações para a prevenção do HIV, oferta de serviços especializados gratuitos para pessoas com HIV/Aids e atividades para populações vulneráveis ao vírus em comunidades de baixa renda do Grande Recife. São centenas de pessoas soropositivas atendidas, com assistências clínica, psicológica, jurídica e social.

Para informatizar e agilizar o trabalho, uma turma de alunos da CESAR School elaborou um sistema de gestão e organização de dados. “Muitos dos processos, especialmente no setor de enfermagem, são manuais. Muitos papéis e planilhas sem lugar certo para serem armazenados. Um trabalho excessivo que poderia ser feito de forma mais ágil”, explica Marcela Ribeiro, estudante de Design, do grupo composto ainda por Amanda Gondim e Jessica Pires (Design), Caio Araújo, Danilo Aragão, João Mazzarolo, José Guilherme Marinho, Letícia Chiu e Rodrigo Albuquerque (Computação).

A equipe desenvolveu um protótipo onde estão o cadastro dos pacientes e o registro com todo o histórico de atividades e consultas. “Desenvolvemos uma interface bem simples, para analisar tudo de forma rápida. Inclusive para gerar relatórios. O que se levava semanas, pode ser feito com poucos cliques”, diz Rodrigo Albuquerque. “Todo o resultado do ano é inserido no relatório anual da entidade, o Gestos em Números, como uma forma de prestar conta aos patrocinadores e doadores. Então, produzir esse relatório é uma das maiores dificuldades da ONG”, afirma Danilo Aragão.

MULTIDISCIPLINAR
Além da criação do sistema de dados, a Gestos foi foco de outros dois trabalhos: um com a perspectiva do troco solidário através de PIX, para doações em compras com pequenos comerciantes, e outro terceiro para desenvolver um sistema de gestão de contatos de mídia, para ajudar com a divulgação de ações e estreitando a relação com a imprensa.

Na ONG Sunflower, o projeto visou o desenvolvimento de uma plataforma onde o público possa encontrar mais facilmente organizações para doar. Já na ONG Sempre Viva, o trabalho foi na criação de um sistema para doações de itens ao bazar solidário. “Design e computação se complementam muito. Em todo processo de pesquisa, nenhum trabalho foi só de um lado”, conclui Marcela Ribeiro.

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