A pandemia afetou o desempenho de estudantes no Brasil e no mundo em função da necessidade da adoção de medidas restritivas e do consequente modelo remoto de ensino. O impacto não é linear e oscila de acordo com inúmeras variantes, como nível escolar, classe social, estrutura da instituição e até de disciplinas. O tema é objeto de estudo de Luiz Barboza Jr no Doutorado Profissional em Engenharia de Software (DPES) da CESAR School. Intitulado O impacto da pandemia no desempenho de alunos de cursos superiores e orientado pelo professor Erico Teixeira, o projeto foi aprovado na XVI Conferência Latino-americana de Tecnologias de Aprendizagem (LACLO).
O evento, de 19 a 21 de outubro, em Arequipa, no Peru, coloca-se como um fórum onde pesquisadores, desenvolvedores e profissionais da educação podem trocar experiências sobre diversos aspectos do desenvolvimento tecnológico aplicado ao contexto de aprendizagem. “Feliz de termos sido aceitos em um dos maiores congressos de tecnologia aplicada à educação, principalmente em poder falar de como a ciência de dados com uma vertente de engenharia de software pode ser aplicada a pessoas não técnicas”, comemora Luiz Barboza.
“Esse trabalho é bastante relevante para entendermos o impacto da pandemia no ensino, assim como o ensino de aprendizagem de máquina tem efeito em estudantes não-STEM”, avalia o orientador do trabalho, o professor Dr. Erico Teixeira. “Além disso, a aprovação mostra que o trabalho desenvolvido no DPES da CESAR School pelo doutorando Luiz está no caminho certo.”
O projeto avaliou bases de dados de notas e faltas de uma instituição de ensino superior especializada em cursos de negócio em São Paulo, onde todos os alunos foram transferidos para a modalidade de ensino remoto síncrono. Também entrevistou professores e coordenadores de curso, para se integrar a outros estudos nacionais sobre o impacto da pandemia na educação e trazer dados quantitativos. “Essa movimentação gerou vários impactos no processo de avaliação, em particular nas médias finais e proporção de aprovações, bem como na assiduidade. Esses impactos se deram de maneira desigual dependendo do tipo de conteúdo de cada disciplina”, diz Luiz.
Mestre em Engenharia de Software pelo IPT/USP e em Ciência da Computação, Luiz Barboza atua há 18 anos como arquiteto corporativo, especificamente no mercado financeiro e na indústria de telecomunicações. Atualmente, está focado em desenvolvimento de novos negócios, com experiência recente em IoT/M2M, e no mercado de marketing digital. Também é professor desde 2005 em cursos de graduação e pós no Senac, FIAP, Anhembi Morumbi e Impacta.