A sexta-feira terminou com clima de dever cumprido para os alunos da CESAR School. Foi uma semana intensa, de apresentação de Projetos, culminada com a I Jornada de Iniciação Científica. As turmas do 7º período de Design e Ciência da Computação e os professores orientadores proporcionaram mais de quatro horas de aprendizado, com os trabalhos de desenvolvimento de TCC. As apresentações on-line foram divididas em três salas no Zoom, com participação de mais de 100 pessoas, entre docentes, estudantes de outros períodos e público interessado nas temáticas.
Diversos trabalhos tiveram assuntos relacionados à saúde: robótica no acompanhamento de crianças com asma, identificação do câncer de mama por aprendizagem de máquina e uso de quadrinhos na educação de crianças com dislexia foram alguns exemplos. A pluralidade temática despertou a atenção, de games a política: experiência do usuário em livros digitais, ensino de Machine Learning, game design para realidade virtual, futuro da moda na perspectiva queer, art games como veículo de discurso político-social, entre outros.
Muitos pré-projetos apresentaram correlação entre as graduações. “Computação e Design caminham juntos nesse caminho de transformação e de futuro”, comentou a professora Helda Barros. “Mesmo não sendo pesquisas com a obrigatoriedade do viés científico, o formato e a metodologia das graduações contribuem pra os alunos já terem essa veia de pesquisador. Temos boas pesquisas, que fazem soltar aos olhos pela qualidade e relevância dos temas”, avalia o professor Gustavo Henrique da Silva.
O aluno Leonardo Castelo Branco de Melo trouxe um tema atual e de alta relevância: Difusão espacial da Covid-19 no Brasil. O objetivo do estudo é a adaptação de um modelo epidemiológico que incorpora uma estrutura fractal para descrever como o novo coronavírus se propaga espacialmente no Brasil, considerando o cenário sociopolítico-econômico do país. A geometria fractal, ele explica, “é amplamente utilizada para descrever sistemas complexos, altamente irregulares e aleatórios”. Como a contaminação da Covid-19 segue um padrão semelhante em diferentes regiões do mundo, as “estruturas fractais podem ser formadas em cidades, bem como redes maiores, indicando que de fato auto-similaridade pode ser encontrada em redes que conectam várias cidades”, avalia o estudante.